sábado, 4 de abril de 2009

TANTA CONFUSÃO!

1.º de Abril de 2009
Publicado por CAA em 1 Abril, 2009
Após dedicada e profunda reflexão cheguei à conclusão que o envolvimento de José Sócrates no caso Freeport constitui um chorrilho de calúnias perpetradas por interesses poderosos, misteriosos e clandestinos, sem quaisquer factos que as suportem e cujo intuito exclusivo e insidioso é denegrir o primeiro-ministro.
Concluí, assim, que é perfeitamente normal que uma Avaliação de Impacte Ambiental seja revertida em escassos 3 meses em relação a todas as conclusões contidas nos estudos anteriores. Que o tempo que essa decisão (não) demorou é um uso corrente - quotidiano, até - na Administração Pública (tal como aconteceu na década de 80 com os famosos 11 dias que a CM da Guarda levou para aprovar alguns projectos do então ‘engenheiro’ Sócrates). Que é natural, também, que a redefinição oportuníssima da respectiva ZPE fosse tão urgente que os últimos estudos nem tenham tido tempo de passar pelo M. do Ambiente e tivessem seguido directamente para o Conselho de Ministros, i.e. para a última chance de ser aprovada por aquele Executivo. Tal como nada há de estranho no facto de um familiar de um governante pretender marcar reuniões entre este e os promotores de um projecto privado. Nem podemos ser esquisitos com os emails de outros familiares para esses mesmos promotores a solicitar alguma simpatia, que, sabe-se lá porquê, julgavam ser-lhes devida. Do mesmo modo, não carece de qualquer explicação o facto de um desses promotores, sem o saber, ter sido gravado a dizer que o então ministro Sócrates era “corrupto”, descrevendo com algum pormenor os termos e os modos como os alegados pagamentos em troca do deferimento do Freeport lhe foram feitos por interposta pessoa.
Não, tudo isto (e muitas mais atoardas que por aí circulam), acabei por deduzir, não passa de uma ‘campanha negra’ sem o mínimo de sustentação. Acabemos pois com a investigação pois esta só preenche objectivos políticos. Nem pensar em constituir Sócrates arguido ou sequer testemunha: arquive-se já! E devemos, todos, sem excepção, começar a fazer fazer um recatado silêncio acerca deste caso - em nome do regime, dos seus protagonistas e, claro, do País. Ameacemos, sem rebuço, quem fizer notícia desta invenção. Calemos tudo e todos a propósito deste assunto.
Porque só assim Portugal conseguirá sair da crise e os portugueses poderão ser felizes…
Publicado em Política nacional, Portugal
In Blasfémias

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